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Negligência pode causar desastres ambientais a níveis alarmantes

Desde pequenos somos ensinados, pela escola, pela mídia, pelos nossos tutores, sobre a importância de preservarmos a natureza, sobre preservarmos esse tal de meio ambiente. Mas ao longo da vida, muitos se esquecem das reais consequências de não levarmos tais ensinamentos a sério. Sobretudo, empresários e administradores de empresas, cujo principal foco acaba sendo o faturamento e a viabilidade do negócio, negligenciando, muitos vezes, os impactos ambientais que tais atividades trazem para a humanidade de um modo geral.


Tal negligenciamento ocorre por uma visão míope em considerar os custos de um estudo de viabilidade ambiental como gastos; por não levar a sério o processo de licenciamento ambiental; pela destinação incorreta de seus resíduos sólidos industriais; por não investir corretamente no tratamento dos efluentes líquidos, só para citar alguns exemplos. O problema das pessoas que tem tal visão é que elas podem estar causando mal não apenas para a comunidade local, sua vizinhança, seus funcionários ou para sua própria família. Dependendo do tamanho da irresponsabilidade ou desconhecimento no momento da implantação de um empreendimento ou atividade com potencial poluidor, as consequências podem ser catastróficas.




Não querendo assustar os caros leitores, mas apenas trazendo à tona um caso atual e que pode acabar afetando a mim e a você que prestigia nosso blog: a suspeita de que o SURTO de FEBRE AMARELA que assombra o estado de Minas Gerais pode sim ter relação com aquele que é considerado o maior desastre socioambiental do Brasil. Estamos falando do desastre que ocorreu, no ano de 2015, a partir do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração de ferro, operada pela empresa Samarco Mineração S.A, que provocou a morte de 19 pessoas, além de causar crise no abastecimento de água de cidades do vale do rio Doce e uma catástrofe ambiental sem precedentes na bacia do rio Doce, ao longo de uma faixa de 800 km (desde Mariana até a foz do rio, no Oceano Atlântico).


Tal suspeita é devida ao fato de que os casos de pacientes da febre amarela estão localizados em cidades mineiras próximas à região do Rio Doce. Segundo noticiado pelo O Estado de São Paulo, em entrevista com a bióloga da Fiocruz Márcia Chame, a mesma declarou que "mudanças bruscas no ambiente provocam impacto na saúde dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscetíveis a doenças, incluindo a febre amarela". A bióloga completou ainda que este pode ser um dos motivos que contribuíram para os casos da doença na região, mas não o único motivo. Ela observa ainda que aquela região do Estado já apresentava um impacto ambiental importante, provocado pela mineração.


As consequências da tragédia em Mariana (MG) ainda estão longe de terem uma reparação à natureza ou às pessoas atingidas, mas que tal episódio possa servir de alerta para todos nós, e ainda mais para quem tem intenção de iniciar uma atividade industrial potencialmente poluidora. Independente do porte do empreendimento ou atividade, é essencial que seja realizado um estudo criterioso para avaliar os possíveis impactos socioambientais da mesma.


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